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Quais os efeitos da maconha para @s adolescentes
A adolescência é uma fase da vida cheia de curiosidades e descobertas. Busca-se conhecer o corpo, os afetos, a liberdade e uma dessas curiosidades diz respeito às drogas, sejam elas legais, como álcool e cigarros, ou ilegais, como a maconha.
A maconha, também conhecida por marijuana ou THC, pelo seu ingrediente mais ativo, o tetra-hidro-canabinol é considerada uma substância psicoativa derivada das folhas de Cannabis sativa de uso frequente durante a adolescência, em todas as classes socioeconômicas.
Pode ser fumada, inalada, comida (em pedaços misturados de bolos ou biscoitos, tipo brownie e também conhecidos por craconha, por estarem muitas vezes misturados com pó de crack/cocaína), ingerida em formas de comprimidos ou pílulas ou aspiradas em cigarros eletrônicos, na forma de óleos ou essências ou aromatizadas, no seu teor original. Por isso mesmo é difícil saber o teor do conteúdo e de quais produtos químicos estão associados podendo causar a intoxicação e a seguir, a dependência.
Considerada uma droga estimulante, ela provoca efeitos de euforia, distorções do tempo e espaço, visuais ou auditivas, aumento da frequência cardíaca, secura de boca, alterações do humor, transtornos cognitivos e de aprendizado. Com o final dos efeitos é comum sentir fome (conhecida como larica) e sono.
A maconha produz também transtornos de memória e concentração, impedindo a percepção de tarefas frequentes de aprendizado nas escolas e universidades ou um comportamento passivo, denominado síndrome amotivacional.
Outros problemas clínicos são frequentes com o uso diário, crônico ou prolongado e que se torna um comportamento de dependência, considerado como critério para transtorno mental pela Organização Mundial de Saúde.
Além dos riscos do uso isolado, misturar a maconha com bebidas alcoólicas, antes ou depois pode ser um fator grave e muitas vezes irreversível, podendo causar acidentes como atropelamentos e colisões, seja para o próprio usuário ou a outras pessoas.
Muitos comportamentos de risco podem ser associados ao uso da maconha durante a adolescência, e o mais importante é entender a motivação para o uso frequente, causando a dependência de drogas com efeitos prejudiciais e sociais no desempenho e no estilo de vida que poderão perdurar por muito tempo.
O uso da maconha medicinal é também controverso, pois existem mais de 80 substâncias químicas que precisariam ser extraídas e separadas durante o preparo do produto com menor teor de toxicidade, o canabidiol, que pode ser indicado em casos de epilepsias refratárias de difícil controle ou de outras doenças específicas, como a esclerose múltipla.
Quando as famílias descobrem que seus filh@s adolescentes estão consumindo essa substância, é muito importante buscar ajuda especializada, e não agir com agressividade.
Geralmente, o uso de drogas é relacionado à fuga de algum estresse, abandono afetivo, trauma, conflito familiar, violência ou qualquer abuso ou falta de perspectivas no futuro.
Nesse processo de descoberta é fundamental buscar ajuda, e as famílias não devem negar que existe um problema, que pode inclusive causar o que se denomina codependência, ou seja, quando todo o núcleo familiar é afetado emocionalmente pela dependência de um dos membros.
Na Clínica de Adolescentes existe uma equipe multidisciplinar capacitada para acolher as famílias e adolescentes, dando apoio clínico e psicológico para que essa situação seja compreendida, tratada e resolvida.
Dra. Evelyn Eisenstein, pediatra e hebiatra com mais de 40 anos de experiência e diretora médica da Clínica de Adolescentes
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