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Vacinação na adolescência é prioridade
Muitos pais esquecem ou não estão bem informados que as vacinas são as mais importantes medidas para a proteção contra doenças infecciosas durante toda a vida, incluindo a infância, a adolescência e a fase adulta.
Os adolescentes fazem parte do grupo etário também vulnerável, pois na adolescência estão ocorrendo intensas mudanças da fase de crescimento e desenvolvimento acelerado, além de mais exposição ao convívio social.
São mais encontros (com amigos e colegas nas escolas, festas, clubes, academia...), além de viagens de férias, nas quais tudo acontece e é melhor não ser “pego” por surpresas desagradáveis, muito menos as que causam doenças. São muitos abraços e beijos, mas também acidentes inesperados nos esportes. Piercings e tatuagens, assim como seringas compartilhadas, têm alto risco de transmissão de hepatites B e C. E os relacionamentos sexuais sem proteção para HPV e outras infecções sexualmente transmissíveis.
É preciso também tomar cuidado com relação a doenças específicas antes de viagem para regiões endêmicas e a locais com grandes aglomerados de pessoas, em especial aeroportos e rodoviárias, onde circulam pessoas de várias procedências. Por isso é importante sempre prestar muita atenção e se imunizar contra as doenças que são preveníveis por vacinas.
Portanto, a Clínica de Adolescentes recomenda:
- Veja se a caderneta de vacinação está atualizada.
- Leve sempre a caderneta de vacinação durante as consultas.
- Converse sobre vacinação.
- Campanhas antivacinação na internet e redes sociais disseminando medo e aumentando epidemias devem ser bloqueadas. Não faça parte das redes destrutivas de ódio.
- Vacinas são a melhor medida de saúde pública e coletiva porque oferecem uma proteção do meio na transmissão dos vetores (vírus e bactérias) que causam as doenças. Seja a favor das vacinas e dê mais saúde para todos da família.
Quais as principais vacinas a serem tomadas durante a adolescência?
- Gripe: anual, nos meses de abril a maio. Agora está na hora! – na rede pública a vacina está disponível gratuitamente para crianças entre 6 meses e menores de 6 anos de idade, doentes crônicos, pessoas com necessidades especiais, entre outros grupos. O adolescente deverá procurar uma clínica particular para se imunizar. Lembre-se um adolescente com influenza transmite a doença para pelo menos 8-10 pessoas!
- dT: difteria e tétano (dupla): aos 14 anos ou uma dose a cada 10 anos
- MMR (sarampo, caxumba, rubéola): para os não vacinados na infância ou sem registro das doenças. Duas doses com intervalo de um mês entre as doses ou, se tomou uma só dose na infância, fazer dose de reforço na adolescência.
- Varicela (catapora): duas doses com intervalo de um mês.
- Hepatite A: duas doses com intervalo de seis meses.
- Hepatite B: três doses com intervalo de 1, 2, 4 meses. Verificar se tomou alguma dose na infância ou fazer reforço.
- Hepatite A e B conjugadas: duas doses com intervalo de 6 meses.
- HPV (vírus do papiloma humano): duas doses com intervalo de 6 meses, a partir dos 9 anos, tanto para meninas como meninos.
- Meningocócica ACWY: uma dose de reforço aos 11 até 17 anos, mesmo para quem tiver tomado a vacina Men C na infância.
- Meningocócica B: duas doses com intervalo de 1 mês.
- Febre amarela: Uma dose 10 dias antes de viagens.
- Outras vacinas existem, em casos especiais.
Os esquemas de vacinação podem ser diferentes entre as redes públicas (gratuitas) e privadas (comercial), mas em todas as clínicas existem profissionais especializados para aconselhamento e acompanhamento, quando necessário.
Uma dica importante, após a vacinação, se sentir alguma dor ou desconforto no local aplicar compressa gelada. Ficar de olho também se terá febre para administração de antitérmicos.
Para mais informações, acesse:
Campanha de vacinação da gripe 2019
Sociedade Brasileira de Pediatria
Sociedade Brasileira de Imunização
Ministério de Saúde
Organização Mundial de Saúde
Comunicado da UNICEF sobre vacinação
Agradecemos à Dra. Miriam Tendler pela consultoria e considerações.
Dra. Evelyn Eisenstein, pediatra e hebiatra com mais de 40 anos de experiência e diretora médica da Clínica de Adolescentes
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