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Preservativos, contraceptivos e ISTs:
o que você precisa saber
Pouco mais da metade dos jovens entre 15 e 24 anos (56,6%) usa preservativo na relação sexual com parceiros eventuais, de acordo com o Ministério da Saúde. Ao não usar a camisinha, você entra para o grupo de alto risco de pessoas que podem contrair uma infecção sexualmente transmissível (IST), tais como HIV, papilomavírus (causador de condilomas ou verrugas genitais e câncer), gonorreia, clamídia, sífilis, herpes e diversas outras doenças.
Como nem sempre as ISTs apresentam sintomas ou sinais aparentes, a própria pessoa infectada pode não saber ter a doença e transmiti-la, por contágio direto. Por isso, o sexo, seja ele oral, anal ou vaginal, tem que ser SEMPRE com camisinha.
Algumas infecções sexuais se apresentam na forma de verrugas. Use um espelhinho para olhar suas partes íntimas e verificar a presença de bolinha, vermelhidão, coceira, corrimento com cor e cheiro diferente do normal. Observe também ardência na hora de urinar ou dor na hora de transar. Ao perceber algum desses sintomas, venha para uma consulta na Clínica de Adolescentes.
Para evitar que a camisinha se rompa, não rasgue o envelope com os dentes, não reutilize a mesma e não a use por período muito prolongado. Na hora de colocar, aperte bem o espaço criado na ponta da camisinha para retirar o ar e desenrole para cima com o pênis já ereto. Após a ejaculação, retire a camisinha do pênis ainda ereto e dê um nó para evitar que o líquido saia, coloque embrulhada em papel higiênico ou folha de jornal e jogue fora na lata do lixo.
Contraceptivos
Enquanto a camisinha é uma aliada para evitar as infecções sexualmente transmissíveis e também uma gravidez indesejada, há outros métodos que também atuam na contracepção.
Os principais são:
- Pílula – é de grande eficácia desde que tomada seguindo rigorosamente as orientações médicas.
- Pílula do dia seguinte ou contracepção de emergência – deve ser usada somente em casos mesmo de emergência, como após o abuso sexual, quando não se usou a camisinha na relação sexual ou se o preservativo se rompeu. Ela não deve substituir outros métodos ou ser sempre usada com a desculpa de esquecimento. É sempre importante ter a orientação numa consulta médica, caso precise usá-la.
- Adesivo transdérmico – aderido à pele e trocado semanalmente por três semanas com intervalo de uma.
- Anticoncepcional injetável – pode ser administrado uma vez por mês ou a cada três meses. Pode ser contraindicado para algumas mulheres na adolescência, por isso é preciso conversar com o seu médico.
- Implante subdérmico – é colocado abaixo da pele, geralmente no braço ou na perna, podendo permanecer por até dois ou três anos, usado em alguns casos excepcionais durante a adolescência.
- Anel vaginal – pode ser colocado dentro do canal vaginal pela própria pessoa devendo permanecer no local durante três semanas, não é indicado durante a adolescência.
- Camisinha masculina – já explicada acima.
- Camisinha feminina – é colocada dentro da vagina antes de cada relação sexual.
- Diafragma – é colocado no fundo da vagina antes da relação sexual. Só deve ser retirado oito horas depois do ato sexual. É preciso colocá-lo do modo correto para ter eficácia. Adolescentes não gostam de usar o diafragma e por isso é método de escolha em mulheres adultas.
- DIU (Dispositivo Intrauterino) – pequeno objeto de plástico em forma de T recoberto com cobre. É colocado no útero da mulher pelo médico e libera uma substância que prejudica a passagem dos espermatozoides. É preciso ter acompanhamento médico constante. Não é recomendado para adolescentes que ainda não tiveram filhos ou que têm menstruações muito intensas. Aumenta os riscos de doenças infecciosas ou sexualmente transmissíveis e cervicite, que é a infecção causada pela irritação proveniente do uso de objeto estranho. Alguns DIUs como o LARC, long-acting release contraception, já começam a ser mais usados no Brasil.
- Laqueadura e vasectomia – métodos que dependem de intervenção cirúrgica. Na laqueadura cortam-se as trompas para impedir que o óvulo encontre o espermatozoide. Na vasectomia o canal deferente do homem é seccionado para impedir que os espermatozoides cheguem à vesícula seminal e saiam junto com o esperma. Mas são métodos totalmente contraindicados durante a adolescência. |
Lembre-se de que, com exceção das camisinhas masculina e feminina, NENHUM MÉTODO CONTRACEPTIVO PREVINE AS ISTs. E todos devem ser usados com orientação médica.
Converse sobre o uso com seu/sua parceiro/a sempre antes de transar, relação sexual é uma troca de intimidade e que exige respeito!
Tem dúvidas sobre sexualidade? Converse com a equipe médica da Clínica de Adolescentes.
Fonte: “Fala sério: perguntas e respostas sobre adolescência e saúde”, de Evelyn Eisenstein e Andrea Teixeira Matheus. (Editora Vieira Lent)
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