Nota ruim é falha no aprendizado?


Fim de semestre é sempre aquele drama, o boletim d@ filh@ colorido de notas ótimas em uma área, mas péssimas em outras. De tudo foi tentado: professor@ particular, grupo de estudos com @s amig@s depois das aulas e até o confisco do celular, mas parece que nada adiantou e a dúvida martela, “por que meu filh@ não consegue aprender”?

A angústia das famílias é normal, mas você sabia que o aprendizado é um processo pessoal que envolve uma perspectiva biológica, além de aspectos cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e culturais?

Para se ter uma ideia desse processo de aprendizagem, Einstein, o gênio da física que revolucionou a ciência, aos 16 anos, quando tentou uma vaga na Escola Politécnica de Zurique, foi reprovado. Apesar de os exames de matemática e física terem impressionado a banca examinadora, suas provas de humanas foram uma negação. Aceito dois anos depois, Einstein passou raspando nos exames finais.

Com esse exemplo, é possível verificar que é muito importante que os responsáveis pel@s adolescentes incentivem as potencialidades pessoais, também vale a pena investir em métodos inovadores como jogos e brincadeiras que estimulam o aprendizado.

Criados mecanismos para incentivo do aprendizado sempre que os resultados positivos, como uma nota boa forem alcançados é importante que seja reforçado esse comportamento através de elogios, além de gerar um ambiente propício para o diálogo, que favorece a identificação de problemas como o bullying, que podem afetar diretamente o aprendizado e rendimento escolar.

Portanto, o diálogo é muito mais eficaz que a punição. Muitas famílias, ao constatarem um baixo desempenho escolar d@ filh@, apelam para a proibição de jogar videogame ou ficar no celular. Essa atitude é muito prejudicial, pois pode provocar medo ou ansiedade e, em vez de fazer com que a criança aprenda a lição, vai gerar o temor e não vai impedir o comportamento indesejado. Vai afastar e reprimir uma convivência com base no diálogo, que pode obter resultados mais satisfatórios, mesmo para chamar a atenção.

Como identificar problemas de aprendizagem

Conforme conversamos, ter maior potencialidade em uma área do conhecimento é completamente natural, porém em alguns casos, existe uma deficiência que precisa ser tratada com uma equipe multidisciplinar. Na maioria dos casos, essas deficiências são ocasionadas por fatores externos como conflito familiar, perda de um ente querido, mudança de escola ou bullying.

Os distúrbios de aprendizagem são problemas que afetam a capacidade de receber, processar, analisar ou armazenar informações que dificultam ou impedem a aprendizagem como: dislexia (dificuldade de ler e escrever), disgrafia (erros de ortografia e na formação de palavras), discalculia (não tem habilidade para operações matemáticas), dislalia (dificuldade em articular as palavras corretamente), disortografia (dificuldade de aprender e desenvolver habilidade escrita) e TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade).

Nesses casos é muito importante que os profissionais da área da saúde, a escola e a família sejam envolvidos para participarem do processo de ensino-aprendizagem. Algumas vezes, recomenda-se psicoterapia individual ou em família e medicamentos podem ser receitados para a hiperatividade ou para a distração.

Aqui na Clínica de Adolescentes dispomos de uma equipe multidisciplinar para acompanhar individualmente cada adolescente e suas famílias, com intuito de reconhecer possíveis problemas de aprendizado, tratá-los e ajudar o desenvolvimento pleno das capacidades e potencialidades.

Dra. Daniela Lemos, psicóloga da Clínica de Adolescentes

 
 
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