Cefaléia 

A Cefaléia ou a queixa de dor de cabeça é muito  comum na adolescência e está entre os problemas mais frequentes nesta fase da vida. Estudos clínicos sugerem que metade das crianças até 7 anos de idade já apresentaram pelo menos uma vez alguma queixa de dores de cabeça e que, na idade de 15 anos, este número sobe para 75%.

Alguns aspectos especiais da adolescência, como variações psicológicas, nutricionais e hormonais,  podem influir no aparecimento e intensificação das cefaléias.

O estresse emocional do amadurecimento psíquico, das modificações do corpo, da luta por tornar-se independente, do estilo de vida irregular como permanecer horas sem se alimentar, a falta de sono ou sono em excesso, uso prolongado de telas de televisão, notebooks, smartphones ou videogames, além  do uso de álcool ou drogas, são fatores  que podem favorecer o desencadeamento ou a piora de uma cefaléia. 

Em relação às variações hormonais, é amplamente conhecida a frequente associação de enxaqueca e de cefaléia de tensão aos períodos menstruais e eventualmente ao uso de anticoncepcionais orais. 

Diagnóstico

A maioria das cefaléias na adolescência é primária.  Ou seja, sem uma causa inicial definida. Como não existem exames laboratoriais que as comprovem, o diagnóstico vai depender de uma história e um exame físico bem detalhado, com um profissional médico especializado. 

Deve-se  fazer uma avaliação sobre: características da dor; idade de início; eventos em torno deste início; doenças associadas; perda de peso; trauma encefálico; fadiga; irritabilidade; hábitos de vida; dinâmica familiar; uso de algum tipo de medicamento; história familiar (cefaléia, enxaqueca, convulsões, tumores cerebrais, distúrbios de personalidade etc.); medicações já usadas e em uso para cefaléia. 

A solicitação ao adolescente de um "diário" de sua dor pode ajudar no diagnóstico, prognóstico e conduta. Este diário deve conter: freqüência do aparecimento; horário; pródromos (o que sentiu ou o que fez antes de sentir a dor); intensidade; duração; localização; fatores desencadeantes; fatores de melhora; fatores de piora; fatores acompanhantes como piora visual ou tonteiras e intervalo entre as crises.

Sempre importante compreender as causas das dores-de-cabeça em vez de se usar remédios comprados no balcão de qualquer farmácia e que pode trazer ainda mais complicações. A consulta médica é sempre o primeiro passo para se resolver esta queixa tão frequente e para melhorar a qualidade de vida, durante a adolescência.


 
 
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